As histórias de cinema são mágicas não? Elas nos transportam para o mundo dos sonhos. Tudo neste lugar é perfeito. E até aquilo que parece defeituoso tem aquela falha aceitável dentro da história que estamos assistindo. A trilha sonora e os personagens carregam a nossa alma durante os minutos que estamos vidrados na tela.
Após assistir o filme, A porta do lado, a trama que aborda os diferentes tipos de relacionamento no nosso tempo: os fechados e os abertos. Qual será o mais feliz? Qual deles funciona melhor? A ruptura do casal que tem sua intimidade reservada aponta para uma construção de pensamento no qual a sociedade parece estar caminhando: a sede dos desejos.
Ao finalizar meu tempo no cinema, enquanto aguardo o próximo filme, sento e vou observar a vida real na galeria. Um homem na faixa dos 40 senta ao meu lado. Ele no celular manda áudios e se distrai enquanto o tempo não parece passar. Por fim ele pergunta se eu estou aguardando alguém. E começa a falar do date que estava a caminho. O quarentão compartilha que gosta de trazer suas pretendentes para esta galeria, pois ali ele capta se ela curte ou não a vibe do estilo de vida cult que ele tanto ama.
O quarentão abre o roteiro da sua vida amorosa e sem censura fala que já apelou para uma relação aberta para apimentar o antigo casamento. Mas a parceira não queria compartilhar o amor com estranhos. Entre traições e um segundo casamento, ele ainda não encontrou a parceira da vida. Mas vai que agora às 18h de um sábado ele tem a sorte no amor? Personagens reais buscam saciar uma sede que não é tão fácil assim de achar. A breve entrevista com um personagem que parece bem com os atores que antes estavam na tela, pois é a vida imita a arte.
