Ainda era cedo quando os apresentadores do jornal comentavam do trânsito. Dois acidentes foram assunto que emocionaram ambos. Ali diante das câmeras eles discursavam de suas opiniões e era cômico ver o quanto eles se importavam com a situação. Estou me referindo a isso de forma irônica, óbvio.
E o que preenchia o tempo na TV era como estava caótico o dia. O que me levou à reflexão desta narrativa aqui foi quando o jornalista opina de como a pista seria limpa na perspectiva dele. Em frações de segundo fui transportada para o tempo da faculdade e de como eu e alguns colegas almejavam trabalhar em determinados lugares. Quanta ilusão!
Achávamos que seríamos consagrados como jornalistas se chegássemos ao topo. O tempo de observação tem muito a acrescentar nas escolhas que faremos na vida. Aquele ser ali era uma cabeça que optou em entrar na onda de neurônios que nem ele mesmo pensava por si mesmo. Ler o tp vale o status.
Jornalismo é um ofício de questionamento, se os seres que estão exercendo esta função não se colocam para pensar além do comum são apenas máquinas. Pelo visto ser jornalista se trata de estar em movimento perguntando e refletindo sobre uma realidade que talvez nunca mude, mas que mude você. E quem sabe aqueles que te ouvirem.
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