Desde pequena tenho medo de gatos. Claro que esse medo não é bobo, ele não apareceu do nada. Me lembro das vezes que estava na casa de uma tia que tinha três gatos. E eles não eram amigáveis.
As imagens que minha mente guardavam eram dos momentos em que os felinos arranhavam e pulavam do nada nos cobertores. Um susto atrás do outro nas noites em que eu cobria o rosto com o receio de ganhar uns arranhões.
Isso sem falar das vezes que os gatos surgiam do nada e assombravam ainda mais o apartamento. Encontrar com eles era batimento cardíaco no pico. E aquela vontade de correr pra longe, pois o ataque era certo. Eles haviam atacado algumas visitas.
Quem não escutou ao longo da vida que medo só se vence enfrentando ele? E foi num dia desses, na casa de uma amiga que conheci a Pandora, ela virou Pandorinha. A gata SRD (sem raça definida) mudou minha imagem dos felinos. Chegando de mansinho e com uma manha singular Pandorinha foi me mostrando que nem todo gato é bravo.
Pandorinha foi me cativando e quando eu vi estava de chamego em chamego com a peluda branca de olhos azuis. Aqueles olhos me apresentavam um mundo novo, no qual os medos não são eternos. Pandorinha, uma gata que me ensinava que a vida também têm personagens que curam traumas.
Pandorinha a gatinha branca que dava fim a minha guerra com os gatos. Uma surpresa ao abrir a caixa de tantos medos...Pandorinha possuía muito da tal esperança de que tudo pode mudar.
Há poucos minutos ela estava aqui no quarto aproximando e pedindo carinho...um docinho. E eu sem medo vivia o momento de tocar em um dos meus medos. Perdi de vez o medo, pelo menos com a Pandorinha.
Comentários