Bonfim, famoso bairro de Belo Horizonte, canto boêmio da cidade, também conhecido por ter muitos imigrantes entre seus moradores. Se você já passeou por suas ruas sabe que lá existem vários personagens peculiares que até parecem que vieram de outro mundo. As falas e hábitos denunciam suas maneiras de pensar e ver o mundo.
Em uma manhã dessas, bem cedo ainda, estava eu a descer os morros caracteristicos de terras mineiras. Passei pelo posto de saúde, por uma mercearia que na verdade é um bar, mas que em tempos de pandemia, usa os produtos essenciais para manter a porta aberta. Casas tombadas pelo patrimônio histórico que só de olhar é possível viajar no tempo e imaginar como a vida era antigamente. Um restaurante com lanchonete que pela manhã já tem a postos os pães de queijo para quem desce às pressas a rua a fim de pegar o ônibus na avenida logo abaixo.
E bem na rua que liga a avenida estava parte da tribo dos usuários de crack e outras drogas. Todo dia é possível vê-los já usando os entorpecentes e debatendo assuntos tão sujos como os pés dos mesmos. Um deles filosofava com os companheiros de que o melhor sol era o das 09h às 11h da manhã. Estava ele em pé sentindo os raios solares aquecendo sua pele, na esperança de que eles produziriam saúde para sua vida. Ali estava um ser que escolheu no que acreditar para fazer as escolhas na sua vida a cada manhã.
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