Nas vias da cidade, a vida flui entre as esquinas e avenidas. O pulsar acontece lá fora! E esse passeio gasta, se gasta! O desgate dos pneus e da quilometragem costumam apontar a idade dos automóveis. Após a saída da concessionária tudo perde o brilho, a poeira do asfalto dá as boas vindas ao envelhecimento.
O homem dentro da lata nova é detalhista no posicionamento dos objetos no painel, cuidadoso com as unhas bem aparadas e limpas e uma higienização primorosa no carro. O piloto também domina a arte de driblar os ladrões do tempo na rua. Entre uma virada e outra ele sabe lutar para garantir a parcela do financiamento do seu veículo novo.
Dentro do 18° carro do motorista aprendo sobre a validade de um automóvel. Para o homem preocupado com a vida útil do seu possante a regra é infalível: 2 anos. Após 730 dias o carro já não vale a pena. E ele segue a risca sua lei.
Os vizinhos do especialista em carros novos pensam que ele é rico, já que sempre ele muda de automóvel. Que nada! Ele só pensa com a cabeça que para se ter menos problemas é necessário estar sempre com algo novo. Eis a explicação de sua tese.
Ele só não troca de mulher, pois segundo ele teve a cerimônia jurídica e religiosa. Essa não dá para mudar. Apesar dos muitos problemas seguimos na mesma direção.
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