O caminho das prainhas - escrito com a participação de Aline Oliveira
- Sarah Lima
- 17 de abr. de 2021
- 3 min de leitura
Aiiii ainda estamos em Arraial do Cabo, pelo menos é o que as letras dizem. Passar uma semana em um vilarejo de praias foi sem sombra de dúvida um dos melhores presentes em 2021. “Aliás, nesses 7 dias, compreendemos bem a relatividade do tempo, foi tudo tão
intenso que pareceu ser um mês ou mais e ao mesmo tempo pareceu pouquíssimo tempo para aproveitar tanta beleza e boas conversas”. Como disse minha amiga Aline, que participou dessa experiência que será narrada. Ela veio dar seu ar da graça aqui também teclando parte da sua alma neste texto.
De nada adianta estar em um lugar maravilindo se você não tiver uma boa companhia.. Descobri uma amiga que ama praia e busca viver uma vida leve e simples. Nessa viagem estreitamos os laços e percebemos tanta coisa em comum. Como diz minha prima Andrea: viagem com
amigo costuma ter dois possíveis resultados: separação ou união. E o resultado da nossa trip foi uma ligação de irmã. Entendi o significado do versículo que diz que existem amigos mais chegados que irmãos, a Sarah se tornou essa amiga irmã para mim.
Todo relacionamento envolve conversa e disso eu entendo e gosto muito. Como jornalista e contadora de história me delicio em ouvir o mundo do outro. Nessa arte eu mergulho de cabeça e curto ver a alma do outro ser. As conversas foram ficando a cada dia mais alinhadas e refinadas. No nosso tempo em Arraial estavamos cercadas de uma natureza
incrível e ali construíamos a cada dia uma lembrança singular daquele paraíso de águas cristalinas.
Bem diferente da Sarah, eu não sabia desfrutar de tempo de qualidade, aprendi nessa viagem que gosto de conversar e, quando se tem uma conexão divina, se mover nessa linguagem se torna algo muito fácil.
O gostoso de estar em contato com a natureza é curtir cada detalhe e fizemos isso a cada passeio, a cada mergulho e nos bronzes na maioria das vezes dentro do mar. Na volta pra casa, após um dia lindo nas Prainhas do Pontal, fomos dissecando parte das nossas almas.
Confira a sugestão da Aline, uma dica aleatória: se você estiver na praia do pontal do Atalaia não acredite em ninguém que te falar que tem uma trilhasinha para sair da praia, volte pela escadaria como
uma pessoal normal. Assim você vai evitar um lugar tenebroso que, apesar de pequeno ,enquanto você está caminhando parece durar uma eternidade para acabar. Né Sarah rsrsrsrs?! Ai Aline nem fala viu, vamos contar juntas essa aventura em um outro post.
O caminho da praia até a nossa casa era bem longo, mas isso não foi
difícil diante de tantas histórias que fomos escrevendo no chão de terra. Ahhh naquele chão várias pessoas haviam passado, o que não faltavam eram marcas. Agora pensa no quanto nossa alma é marcada pelas pessoas que deixamos passar pelas nossas vidas? Uma ligação de alma deixa pedaços do outro na nossa história. Algumas vezes de forma traumática. Quanto de nós se foi e quanto do outro ficou?
Nossos corações ali naquela longa caminhada foi passeando no quanto os relacionamentos deixam cicatrizes ou marcas devido ao envolvimento. Vou dar o exemplo que minha amiga Aline utilizou para me fazer ver melhor. Por exemplo, imagina que você tem um anel durante cinco meses e sempre está com ele sem tirar do dedo. E depois deste período decide tirar. Vai ficar uma marca de uso no seu dedo. E até que essa marca desapareça e você se acostume com seu dedo livre, leva um tempo.
Ali na estradinha pra casa estavámos queimadas do sol e a cada passo a areia grudava na nossa pele...bem como nossas reflexões que pareciam guiar toda a nossa conversa ao longo do caminho. Percebemos o quanto as pessoas estão sofrendo por não saberem a responsabilidade e a seriedade de entrarem em relacionamentos errados que poderiam ser evitados. Se ao menos elas entendessem o propósito de se relacionar e as marcas que deixam no outro.
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