Era um sábado de agosto com sensação de que iria chover. Um evento agendado marcaria a vida de um casal, seus familiares e convidados. O grande dia havia chegado para eles. E minha tia estendeu o convite para eu ir com ela. De início achei estranho acompanhar ela em uma cerimônia tão singular. Apesar disso topei fazer companhia mesmo sem receber o convite. Chegamos cedo na igreja e a minha preocupação foi sendo apaziguada. Me esforçava em ambientar o cenário assim como os quadros ali postos nas paredes laterais do santuário. Pensava mesmo que aquela cena seria eternizada na minha memória sem a necessidade de fotos. Ao ver a noiva entrando meu ser parecia sentir toda a adrenalina de estar em um lugar restrito aos convidados. Ajustei o celular para captar a cena e ao mesmo tempo escondia meu rosto na tela. O ápice aconteceu quando ao cumprimentar a noiva e dizer o mantra: parabéns! Que me vi na maior saia justa na pergunta impensável: você veio com quem? Após forçar as palavras a saírem assim como se pressiona um champanhe a ser possuído. E o grande dia seria sim marcado na minha história como os nomes dos pombinhos em uma árvore ... O fotógrafo me convida a entrar na foto do casal com a mãe do noivo. Um marco deste na vida parece ser inevitável diante do tão constrangedor que é não ser convidado oficialmente.
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