Escolher uma poltrona no ônibus de viagem é uma das tarefas comuns e que você faz ao comprar uma passagem. Alguns fatores são avaliados para a escolha: posição do sol, números preferidos, janela, corredor, semi-leito, leito etc. O que não se pode escolher é o acompanhante. O fator supresa do companheiro ou companheira de viagem pode trazer leveza ou sobrecarga durante a jornada.
A escolha da moça foi feita sem supertição, apenas por gostar do número 7, e por preferir a janela. O destino dela era a capital paulista. Seriam 9 horas de viagem pela madrugada. Na estrada, o sono seria um parceiro perfeito para descansar nas horas até que o destino se tornasse uma realidade.
Após a checagem da passagem e a acomodação de suas malas, vamos então a poltrona. Ela senta e seu acompanhante chega.
Um senhor de cabelos brancos e finos, coloca a mochila no compartimento de maneira gentil. E senta. Ali a moça percebe pelo sotaque que ele não é das terras mineiras. De que lugar será ele? O motivo da viagem? As perguntas estão rondando.
Nas primeiras palavras a amizade acontece. E eles descobrem que estão indo para o mesmo bairro. Além do senhor Aurélio ser uma companhia amistosa e de uma educação fina, suas histórias preenchem as horas que separam Minas da terra da garoa.
Aurélio pode ser apelidado de uma forma carinhosa de uma enciclopédia. O senhor carrega sabedoria, conhecimento e conselhos não só para a viagem rápida, mas para a longa jornada de peregrinação aqui no mundo.
O papo bom faz a moça viajar para vários países que o senhor havia visitado. Curiosidades de viagens, o relato de uma passageira que perdeu o passaporte dentro do avião e um rolê no Google. Ele trabalha com montagem de pacotes exclusivos de viagem. O senhor Aurélio além de um excelente contador de histórias ainda solta reflexões do quanto a vida pode ser surpreendente. Ele avisa mais de uma vez a moça: tudo pode mudar!
Ao final da viagem algo faz a moça ver ao se despedir do senhor Aurélio, ele foi um daqueles anjos que ela era doida pra ver aqui na terra.
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