Talvez ao ler o título você pense: nem sei como é ser cego, afinal eu estou lendo este texto. Mas a profundidade de uma visão que algumas vezes pode ser “perfeita” pode esconder névoas em uma pupila tão viciada em ver.
Me deparei com meus olhos dentro de um carro como passageira. Eles passeavam como de costume pela janela a ver o mundo. E em um instante uma espécie de cisco cai em meus olhos: um universo perceptível ao simples ato de abrir os olhos.
O que está diante dos nossos olhos é um cenário vasto e tão complexo. Olhamos e vemos algo, mas podemos estar cegos para o que vemos. O olhar é muito mais que ver, ele deve carregar a pausa de observar sem pressa.
Algumas leituras vão requerer mais de minutos e horas, pode ser que essas obras levem dias para serem completadas. Que seus olhos não se cansem de andar por aí.
Ao abrir os olhos sem pressa e mergulhar na profundidade do que está diante de você, mas talvez nem tão perto assim...vai pedir mais que um piscar, pode ser um educar para ver o que está além do que os olhos captam.
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